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Ishkur
Nascidos da união entre vários músicos anteriormente ligados a outros projectos, os Red Sparowes têm vindo a conquistar o seu espaço no panorama do metal mais alternativo. Predominantemente instrumental, o seu som pode ser encarado como a banda sonora para diversos estados de espírito. A sua música assenta num trabalho fantástico de cordas, fusão de guitarras e baixo numa harmonia constante, enquanto em fundo uma percussão discreta dá o mote e os efeitos sintéticos nas teclas ajudam à atmosfera quase espiritual que algumas músicas adquirem. A construção de cada tema é feita como metáfora de uma ponderação existencial, como se cada faixa fosse episódio de uma meditação profunda. Quer isto dizer que a sua música deve ser apreciada no verdadeiro deleite que é ouvir composições tão esteticamente elegantes e consistentes. Este é um álbum pouco temperamental, sem grandes descargas ruidosas, mas antes momentos de descontracção adornados pelas guitarras em manifesto.
Para os adeptos de bandas como os Nine Inch Nails ou os já extintos Isis, este será um trabalho certamente muito apreciado, pois notam-se elementos comuns com estas bandas. Também devemos ter em conta que um dos seus membros, BC Meyer, fez parte precisamente dos Isis e isto terá influência no processo de composição.
Não é fácil catalogar os Red Sparowes e provavelmente é melhor que assim seja, pois ajuda à sua identidade muito própria. O que é certo é que, após diversas colaborações e com este terceiro longa duração, estes americanos ainda vão dar muito que falar. Nota 10/10.
Neste vídeo podem assistir a uma performance ao vivo do tema A Swarm:
*artigo também publicado n' O Quercus, jornal da AEISA.
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