02/05/2011

Wasting Light


Outro regresso muito antecipado foi o dos Foo Fighters (FF), que recentemente nos presentearam com Wasting Light. Pouco faltará alcançar a Dave Grohl, ele que já tocou com grandes nomes, lançou grandes álbuns e será actualmente um dos nomes mais creditados da cena rock internacional. E a verdade é que os FF nem precisam de inventar muito para conseguir vender e ter sucesso, tal é o seu estatuto.

Anunciado como um regresso às origens, Wasting Light foi gravado na garagem de Grohl, o que adiciona toda uma mística à coisa, mas convenhamos que a garagem do dito cujo será certamente melhor que muitos estúdios que por aí andam. Ainda assim, preze-se o feel mais old-school e genuíno que este pormenor acrescenta a todo o trabalho. Em boa verdade, a fase pós-There is Nothing Left to Lose (1999) não foi a minha favorita dos FF, sobretudo o álbum de 2005, In Your Honor. Como tal, todo o prenúncio de um regresso às origens motivou uma enorme curiosidade.

Wasting Light é, de facto, um álbum mais forte que aquilo que os FF fizeram recentemente. Sem tanto lirismo e fantasia, mais focado em rock puro e simples, constitui uma agradável surpresa. E, efectivamente, constitui um forte candidato a melhor álbum desde There is Nothing Left to Lose. Há temas irresistíveis, como o single de apresentação White Limo (cujo vídeo ficará entre os favoritos dos fãs e conta com a participação de Lemmy) ou ainda Dear Rosemary. A própria abertura do álbum é feita com agradável energia, pelo tema Bridge Burning, mas ainda assim encontram-se pelo meio temas mais comerciais e apelativos a circularem nos meios radiofónicos e televisivos e que não constituem uma quebra com a direcção mais recente da banda. O final do álbum acaba por nos devolver ao deslumbramento com o sentido e convincente I Should Have Known, tema tributo à perda de alguém muito próximo.

Sendo um disco que nos traz realmente uns FF inspirados na mística de antigamente, não supera ainda assim os seus três primeiros discos. Mas será possivelmente o seu melhor trabalho desde que vieram os anos 2000. Ficará ao critério de cada um esse julgamento, mas o que é certo é que Wasting Light é interessante e merece audição. Resta ver como se vão portar ao vivo quando, no Verão, visitarem Portugal. Nota 8/10.


Fiquem com o divertido vídeo de 'White Limo':

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