10/01/2011

Best of 2010

Findo que está o ano de 2010 e agora que se inicia um novo ano de, espero eu, óptimos lançamentos musicais, aqui fica a minha selecção dos melhores álbuns do ano. Obviamente esta selecção foca-se nos meus gostos pessoais e naturalmente não ouvi tudo o que foi lançado. Como tal, é apenas uma sugestão e uma opinião pessoal.


1. Les Discrets, "Septembre et ses dernières pensées"


"Created in 2003 by Fursy Teyssier besides his old band Phest, Les Discrets (originally called Enfance) is the musical approach of Fursy Teyssier' s artistic research. Originally illustrator, Fursy tends to evoque the same in both music and animation/illustration: contemplative and esoteric atmospheres, feelings, fears and sensations related to our life and world. His paintings, music or lyrics are mostly about Nature, the feeling of Love and his fear of Death.

The name "Les Discrets" is actually a platform gathering music and art with which Fursy explores both of these concepts. Music helps to make pictures, pictures help to make music. The goal of Les Discrets is to link them in one single thing: an album."

A breve descrição, retirada do site oficial da banda, diz tudo. O artista fundador do projecto é responsável por ilustrações belíssimas de álbuns de grandes bandas como os Agalloch ou os Drudkh (que curiosamente também figuram neste best of de 2010). Este é um álbum perfeito, uma harmonia fantástica de melodias e vocalizações fantásticas. Sem dúvida uma experiência que reporta ao imaginário rico da mente de cada um de nós. O panorama musical fica bem mais rico com projectos destes.


2. Agalloch, "Marrow of the spirit"


O novo álbum dos Agalloch deixou-me naturalmente em grande expectativa, eles que são autores da obra-prima "Ashes against the grain" (lançado em 2006 e um dos meus álbuns favoritos de sempre). E o seu novo trabalho só não figura no primeiro posto porque este ano houve a agradável surpresa do projecto Les Discrets. Mais um álbum rico na perfeição com que trabalham o seu metal negro, de contornos bastante melódicos e quase transcendentais. Uma delícia.


3. The Dillinger Escape Plan, "Option Paralysis"


Os D.E.P. têm-se vindo a afirmar, cada vez mais, como uma das bandas mais inovadoras e excitantes da actualidade. Muito cresceram desde os gloriosos tempos do EP com Mike Patton ("Irony is a dead scene", 2002) e acertaram em cheio com o "novo" vocalista Greg Puciato. Option Paralysis é brutal e um abalo na monotonia rotineira do dia a dia.


4. Deftones, "Diamond Eyes"


Era um regresso muito antecipado. Os Deftones voltaram em grande forma, contrariando a desgraça que recentemente se abateu sobre a banda, e em particular sobre o seu baixista. Os seus últimos lançamentos têm sido muito consistentes e maduros. Acho que já não sabem fazer música que não seja boa.


5. The Vision Bleak, "Set sail to mystery"


Outro regresso muito esperado, o dos The Vision Bleak. Mais uma magnífica banda sonora para as mentes dos adeptos do terror e do místico. Análise ao álbum aqui.


6. Triosphere, "The Road Less Travelled"


Desconhecia os Triosphere, banda formada em 2004 e aqui com o seu 2º longa duração. Foi fácil apaixonar-me pela sua música poderosa, ao bom estilo do metal nórdico, e apoiado numa vocalista feminina de vozeirão incrível. Uma banda a seguir com muita atenção no futuro.


7. Drudkh, "Handful of stars"


Outra descoberta apenas deste ano, e por sugestão de um amigo (gracias Jonas), que me levou a ficar deslumbrado. Oriundos da Ucrânia, estes senhores são responsáveis por um black metal progressivo deveras agradável. Handful of stars é um álbum óptimo que é um prazer ouvir de princípio ao fim. Recomendo vivamente.


8. Fear Factory, "Mechanize"


Foi o ano de regresso dos Fear Factory, e que regresso! Com Dino Cazares de novo na guitarra, feitas que estão as pazes com Burton C. Bell. Brutal, cheio da energia que sempre os caracterizou e com a mesma visão fatalista de um futuro mecanizado que corrompe e destrói. Análise ao álbum aqui.


9. Shining, "Blackjazz"


O projecto mais interessante deste ano, em termos de fusão. Como o nome indica... falamos de black metal e jazz! Custa idealizar mas eles concretizam-no com categoria. São sem dúvida uma banda das mais inovadoras que andam por aí. Este álbum merece ser escutado com atenção. Análise aqui.


10. Enslaved, "Axioma Ethica Odini"


Finalizando o top 10... há a constatar que foi um bom ano para o black metal. Porque aqui temos outra banda nórdica do estilo. Mas todos os projectos aqui mencionados são de black metal progressivo, que rompe com as regras mais old school do género, o que é bom. Fantástico álbum, cheio de músicas épicas e cheias de garra. Curiosas incursões no capítulo das vocalizações, que já os caracterizavam em trabalhos anteriores, e um trabalho de cordas e bateria muito potente.


# Menção Honrosa

Outros trabalhos poderiam figurar neste best of. Mas em termos de impacto e tempo de audição estes foram os vencedores. No entanto, quero destacar aqui outros bons títulos: The Never Ending Way of ORwarriOR, dos Orphaned Land, é um forte candidato a 11º lugar. Based on a True Story, dos Sick Of It All, foi analisado aqui no blog e foi um regresso em grande destes monstros do hardcore. E o EP dos Cynic, Re-Traced, com reinterpretações de temas anteriores da banda, está um mimo.


# A desilusão

Os Dimmu Borgir, com Abrahadabra. Esperava mais de uma banda que tanto aprecio e que no passado já produziu álbuns muito interessantes.


# A música do ano

Widower, dos The Dillinger Escape Plan. Ouvi vezes sem conta. Conta com a participação de Mike Garson no piano, notabilizado pelas colaborações com David Bowie, Nine Inch Nails, Smashing Pumpkins, entre outros. É um tema belíssimo. Deixo aqui um vídeo não oficial que me parece acompanhar muito bem a música, com imagens de Destino.


1 comentários:

Jonas disse...

Um top de se lhe tirar o chapéu! Estão aqui pelo menos 5 ou 6 dos álbuns que ouvi mais este ano. Mudava algumas coisas mas não necessariamente por motivos de qualidade, apenas por gosto pessoal. Fico contente por saber que gostaste dos Drudkh, é sem dúvida um dos álbuns do ano. Ahh... e não precisas de agradecer, também já te roubei aqui dois nomes que me escaparam este ano para ir investigar :) Enfim, tops dão sempre pano para mangas... ver se debatemos isto mais a fundo um dia destes, se possível na companhia de umas loiraças fresquinhas! :)
Abraços

Enviar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Enterprise Project Management